Instalação site-specific para a exposição 𝘉ú𝘧𝘢𝘭𝘢: 𝘢𝘨𝘦𝘯𝘤𝘪𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘥𝘦 𝘤𝘰𝘳𝘱𝘢𝘴 𝘪𝘯𝘴𝘶𝘣𝘮𝘪𝘴𝘴𝘢𝘴

(Casa dos Rosas - Canoas, RS), vencedora do 8º Prêmio Dana de Artes Visuais.

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O título são versos do poema Daomé, de Audre Lorde, em que a autora trata sobre solidariedade entre mulheres e ancestralidade. A instalação está particularmente interessada no ato coletivo de trançar os fios de cabelos, de tingir o tecido no quintal. A obra trabalha com intervenções (de gravura e bordado) em linho, o tecido mais antigo da humanidade, disposto na área externa do espaço.Constituindo um dispositivo que se modifica conforme a ação dos ventos e a interação do público, a obra busca uma tessitura coletiva, ancestral e mutável.

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Estabelecendo um jogo entre visível e invisível, o tecido é trançado e trabalhado em faixas, como as miçangas que se prendem ao adê de Oyá e que cobrem seu rosto para não ser visto.  Ao mesmo tempo, é um dispositivo que torna visível a ação do vento, motor do movimento.

A proposta da obra se volta para o movimento e a transformação: aquilo que é próprio  — fundamento e substância — da orixá que sempre (se) transforma.